A espécie é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com a seguinte distribuição: ACRE, Mâncio Lima e Tarauacá.
Árvore de até 22 m (van der Werff, 2008), endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em Construção, 2020), coletada em Florestas de Igapó e Floresta Ombrófila, associada à Amazônia. Foi registrada há mais de 25 anos nos municípios de Mâncio Lima e Tarauacá, no estado do Acre.Possui EOO=8km², AOO=8km² e uma situação de ameaça. No Bioma Amazônia, ocorrem desmatamentos para criação de gado (pecuária) em grande escala (Joly et al., 2019). Os municípios de Mâncio Lima (AC) e Tarauacá (AC) possuem, respectivamente, 4% (19936 ha) e 4% (86028 ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem (Lapig, 2020). Assim, diante da carência de dados sobre a distribuição e biologia da espécie e por ocorrer em uma região onde esforços de coleta são considerados insuficientes, Tachigali argyrophylla foi avaliada como Dados Insuficientes (DD) neste momento. Estudos direcionados buscando encontrar a espécie na localidade típica e em outras localidades próximas são necessários para melhorar o conhecimento sobre sua distribuição e dinâmica populacional. Possibilitando assim, uma robusta avaliação de seu risco de extinção, ainda levando em consideração o os vetores de pressão que se apresentam para sua região de ocorrência (Betts et al., 2008; Binswanger, 1991; Rylands e Pinto, 1998).
Descrita em: Ann. Missouri Bot. Gard., 95(4): 641, 2008. É reconhecida por pelos foliólulos densamente pubescentes, flores glabras, domáceas com ca. 4 cm compr. e indumento fusco (van der Werff, 2008).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.3 Agro-industry farming | habitat | past,present,future | regional | medium |
No Bioma Amazônia, ocorre desmatamentos para plantações de soja em grande escala (Joly et al., 2019). Segundo Fearnside (2001), a soja é muito mais prejudicial do que outras culturas, porque justifica projetos de infraestrutura de transporte maciço que desencadeia outros eventos que levam à destruição de habitats naturais em vastas áreas, além do que já é diretamente usado para o seu cultivo. Em função do cultivo de soja a agroindústria nacional se interiorizou, a fronteira agrícola, a avicultura e suinocultura expandiram, novas fronteiras foram abertas e cidades fundadas no interior, surgindo como um novo fator responsável pela destruição da floresta (Domingues e Bermann, 2012). A produção de soja é uma das principais forças econômicas que impulsionam a expansão da fronteira agrícola na Amazônia brasileira (Domingues e Bermann, 2012, Vera-Diaz et al., 2008). Um conjunto de fatores que influenciou o mercado nacional e internacional, por meio de um processo de globalização, combinado com a crescente demanda por soja, baixos preços das terras e melhor infraestrutura de transporte do sudeste da Amazônia levou grandes empresas de soja a investir em instalações de armazenamento e processamento na região e, consequentemente, acelerou a taxa na qual a agricultura está substituindo as florestas nativas (Domingues e Bermann, 2012, Nepstad et al., 2006, Vera-Diaz et al., 2008). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming | habitat | past,present,future | regional | low |
No Bioma Amazônia, ocorre desmatamentos para criação de gado em grande escala (Joly et al., 2019). Os municípios de Mâncio Lima (AC) e Tarauacá (AC) possuem, respectivamente, 4% (19936ha) e 4% (86028ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem (Lapig, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 3.2 Mining & quarrying | habitat | past,present,future | regional | medium |
Na Amazônia, ocorre degradação florestal por conta da mineração (Joly et al., 2019). A mineração representou 9% do desmatamento na floresta amazônica entre 2005 e 2015. Contudo, os impactos da atividade de mineração podem se estender até 70 km além dos limites de concessão da mina, aumentando significativamente a taxa de desmatamento por meio do estabelecimento de infraestrutura (para mineração e transporte) e expansão urbana (Sonter et al., 2017). De acordo com Veiga e Hinton (2002), as atividades de mineração artesanal também têm gerado um legado de extensa degradação ambiental, tanto durante as operações quanto após as atividades cessarem, sendo um dos impactos ambientais mais significativos derivado do uso de mercúrio no garimpo de ouro. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 4.1 Roads & railroads | habitat | past,present,future | regional | medium |
A constante expansão de estradas é um fator que contribui para a degradação florestal na Amazônia (Joly et al., 2019). Pfaff (1999), em estudo econométrico a nível municipal conduzido na Amazônia brasileira entre 1978–1988, indica que as estradas são um importante fator de desmatamento em toda a Amazônia. Pfaff et al. (2007) apontam ainda o impacto severo da abertura de estradas na Amazônia, que leva invariavelmente a mais desmatamento, não só nos municípios e povoados por onde passam, mas também em setores vizinhos, através do efeito de “transbordamento” (spillover effect). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Parque Nacional da Serra do Divisor (PI). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |